Dr. Kim Veloso explica relação entre fumo e câncer de boca
- ASCOM HDO
- 25 de jan. de 2017
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O Dr. Kim Veloso atua no Hospital Dr. Oscar desde 2009 como cirurgião buco-maxilo-facial e montou sua clínica (SurgFace) em 2016. Kim é formado em Odontologia pela FACID e especializado em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial (CTBMF) pela UFPI. Nesta matéria, Dr. Kim explica as relações entre o fumo e o câncer de boca, além de falar sobre tratamento e prevenção deste mal que registra, a cada ano, mais de 14 mil novos casos e mata – aproximadamente – 4 mil brasileiros anualmente.
Quando falamos hoje em dia sobre câncer, principalmente na região bucal e perímetros adjacentes, temos que nos atentar não só a sinais visíveis, mas também a uma sintomatologia, que muitas vezes também é característica de outros problemas, e podem ser confundidos ou até mesmo menosprezados. Dr. Kim Veloso chama atenção para características como:
Ferida na boca que não cicatriza.
Dor na boca que não desaparece.
Caroço ou inchaço na bochecha.
Mancha branca ou vermelha nas gengivas, língua, amígdalas ou mucosa da boca.
Ferida na garganta ou sensação de ter algo preso na garganta.
Dificuldade para mastigar ou engolir.
Segundo o Dr. Kim Veloso, algumas pesquisas mostram que o câncer bucal tem uma incidência maior em indivíduos do gênero masculino acima de 40 anos. Mas o cirurgião buco-malixo-facial chama atenção: “com experiência profissional e muitos estudos de relatos de casos, não podemos sistematizar o câncer bucal para homens nessa faixa etária, por ser uma doença crônica multifatorial resultante da interação de VÁRIOS FATORES DE RISCO. Esse tipo de patologia que altera o processo de crescimento e proliferação celular, pode vir mais cedo afetando ambos os gêneros”, disse.
Dr Kim Veloso alerta para sobre os principais fatores de risco, que são fumo, álcool, radiação solar, dieta, microrganismos e deficiência imunológica. A associação do uso do fumo e álcool é ainda mais deletéria, podendo elevar para 35 vezes as chances de desenvolvimento dessa neoplasia.

Ao contrário do que se imagina, a nicotina não é a única vilã. Dr. Kim explica que dependendo do tipo de cigarro pode-se encontrar mais de 4 mil substâncias nocivas presentes na composição. São substancias que geralmente são adicionadas ao cigarro na tentativa de potencializar o efeito da nicotina, mudar seu gosto, diminuir a irritação, deixando a fumaça mais palatável e também para alterar o aroma. Comprovadamente, existem 43 elementos diferentes com potencial de alterar o DNA que são encontrados no cigarro, dentre eles estão: alcatrão, monóxido de carbono, nitrosaminas, alguns metais pesados, além de outras substâncias que surgem ao entrar em combustão durante a utilização do cigarro.
Tratamento
Dr. Kim Veloso explica que o tipo de tratamento dependerá do estágio da doença e do estado de saúde geral do paciente. Geralmente se a constatação for precoce, o tratamento é feito através de ressecção cirúrgica e acompanhamento senquêncial, durante alguns anos. “Já existem estágios mais moderados da doença onde a realização de quimioterapias e radioterapias associadas a ressecção cirúrgica são indicados no tratamento”, falou.
Prevenção
A prevenção do câncer da boca deve basear-se no controle dos fatores de risco da doença:
Eliminar o consumo de cigarro
Controle moderado no consumo de bebidas alcólicas
Proteção da radiação solar
Acompanhamento rotineiro ao dentista para avaliação e tratamento de lesões que tenham potencial para formação neoplásica
Cirurgiões buco-maxilo-faciais podem ajudar pacientes com CA de boca. Neste caso, o profissional pode atuar através de avaliação ou acompanhamento clínico e na realização de biópsias, sempre na tentativa de uma detecção precoce da doença.
O CA de boca pode apresentar-se de várias formas e com diversos tipos de condutas para seu tratamento, não existe só um tipo de neoplasia bucal, e dependendo do diagnostico muitas vezes o tratamento é favorável para o paciente. Sendo diagnosticado o câncer, será feita a condução para um tratamento especifico com a atuação de uma equipe multidisciplinar.
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